A cidade de Ponta Grossa (PR) enfrenta um dos maiores surtos de dengue da última década. A situação levou a Prefeitura a decretar estado de emergência na saúde pública após a confirmação de mais de 1.100 casos e cerca de 6.000 notificações apenas em 2025. A taxa de incidência ultrapassou os 300 casos por 100 mil habitantes, um número alarmante que exige resposta rápida da população e do poder público.
Em resposta ao avanço da doença, o município organizou mutirões de limpeza e conscientização, visitando mais de 35 mil imóveis em busca de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Durante essas ações, mais de 2 mil focos do mosquito foram eliminados.
A rede pública de saúde também foi reforçada com a abertura de três unidades sentinelas exclusivas para dengue nos bairros Nova Rússia, Oficinas e Uvaranas. Essas unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com o objetivo de atender pacientes com sintomas leves e moderados da doença e evitar a superlotação das UPAs e hospitais.
Além disso, a Prefeitura criou um Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Dengue, reunindo 17 entidades locais, entre órgãos públicos, empresas e universidades, para coordenar estratégias conjuntas de combate ao surto. A mobilização envolve desde ações de educação em saúde até o apoio logístico para transporte de pacientes.
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores musculares, dor atrás dos olhos, cansaço extremo, náuseas e manchas vermelhas na pele. Ao notar os sinais, a orientação é procurar uma das unidades sentinelas ou postos de saúde mais próximos. Casos graves, com sangramentos ou desidratação intensa, devem ser encaminhados diretamente à UPA.
Mais de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências. Por isso, é fundamental que cada morador verifique diariamente vasos de plantas, calhas, caixas d'água, pneus e qualquer recipiente que possa acumular água.
Juntos, é possível vencer esse surto. A saúde de todos começa com a ação de cada um.
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