A reta final da nova Copa do Mundo de Clubes está pegando fogo nos Estados Unidos. Em um formato inédito com 32 times, gigantes do futebol mundial estão se enfrentando em busca do título mais abrangente da história da FIFA. Mas em meio a tantos holofotes sobre europeus como Real Madrid, PSG, Bayern e Chelsea, há algo que precisa ser dito: os sul-americanos não vieram a passeio e merecem respeito.
Reclamações europeias... e a realidade global
Nas últimas semanas, o noticiário esportivo europeu tem sido tomado por queixas. Jogadores e técnicos do Velho Continente reclamam do calor norte-americano, da sobrecarga física após uma temporada longa e desgastante, além do calendário apertado. Tudo isso é real, claro. Mas o que muita gente esquece ou convenientemente ignora é que o restante do mundo também joga, também tem calendário cheio, e também lida com extremos climáticos.
No Brasil, por exemplo, a temporada é igualmente intensa: estaduais, Libertadores, Copa do Brasil, Brasileirão, viagens longas e, ainda assim, clubes brasileiros seguem competitivos. A diferença? Aqui não há tanta reclamação, e sim mais adaptação e superação.
Os representantes brasileiros chegaram com tudo nesta edição da Copa. Palmeiras, Fluminense, Flamengo e Botafogo disputaram com força. E agora, nas quartas de final, dois sobrevivem com reais chances de avançar às semifinais:
Não são confrontos fáceis, mas também estão longe de ser impossíveis. O Chelsea pode ter mais investimento, mas o Palmeiras tem um grupo entrosado, acostumado a jogos grandes e com uma base sólida. Já o Fluminense enfrenta o Al-Hilal, que surpreendeu ao eliminar o Manchester City — mas o time carioca também sabe surpreender e vem se mostrando resiliente.
Está mais do que na hora de parar de tratar clubes sul-americanos como figurantes nesse tipo de competição. O futebol jogado aqui é competitivo, intenso e técnico. Se há algo que o Mundial de Clubes está mostrando, é que o abismo entre Europa e América do Sul não é tão grande quanto muita gente gosta de pintar.
Aliás, em vez de usarem o calor ou o calendário como desculpas, os europeus poderiam olhar para os sul-americanos e aprender um pouco sobre como lidar com adversidades. Aqui, jogamos no calor do Norte e do Sul, em grama boa e ruim, com logística difícil e pressão constante. E mesmo assim, nossos clubes vão à luta e muitas vezes vencem.
Palmeiras e Fluminense estão sim prontos. E se passarem às semifinais, não será milagre — será competência.
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