Nesta segunda-feira, 14 de julho de 2025, a Prefeitura de Ponta Grossa enviou à Câmara Municipal o projeto de lei que propõe a atualização da Planta Genérica de Valores (PGV), base de cálculo utilizada para o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A proposta é polêmica e já divide opiniões entre autoridades e moradores.
Segundo o governo municipal, a atualização é necessária porque a PGV está desatualizada há 47 anos, o que gera grandes distorções no valor do metro quadrado entre diferentes regiões da cidade. Em entrevista ao portal BNT Online, o secretário municipal de Administração afirmou que, com a mudança, imóveis em áreas valorizadas poderão pagar valores mais justos e condizentes com o mercado.
Apesar da justificativa técnica, o projeto prevê que o valor do IPTU pode ter aumento de até 50% em 2026 para determinados imóveis. Já a partir de 2027, os reajustes passarão a respeitar o limite anual de 10% mais a inflação acumulada. O impacto estimado é de R$ 48 milhões a mais na arrecadação municipal já no próximo ano.
O tema provocou embate político. O ex-prefeito Marcelo Rangel criticou publicamente a proposta, afirmando que o contribuinte será penalizado com aumentos agressivos. Em resposta, a atual prefeita Elizabeth Schmidt afirmou que as declarações são “fake news” e chamou o ex-prefeito de “Pinóquio”, defendendo que o projeto apenas busca justiça fiscal.
A votação do projeto está prevista para o mês de agosto, e a expectativa é de que mobilize a população. Diversas entidades já se manifestam pedindo audiências públicas e mais transparência nos critérios da nova tabela de valores.
A proposta, se aprovada, passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.
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